Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra ocorrido desde meados do século XX e que deverá continuar no século XXI. Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (2007), a temperatura na superfície terrestre aumentou 0,74 ± 0,18 °C durante o século XX.[1]
A maior parte do aumento de temperatura observado desde meados do século XX foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, como resultado de atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação.[2][3] O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerossois atmosféricos que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido pelos gases de efeito de estufa.
Quais são suas principais causas ?
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Quando tudo começou?
A atividade vulcânica ocorreu durante a chamada "máxima térmica Paleoceno-Eoceno" (PETM, em inglês) que causou um aumento de 5°C nos trópicos e de mais de 6°C no Ártico. São as conclusões dos cientistas do Centro de Oceanografia e Ciências Atmosféricas da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos.Segundo os geólogos, as erupções e a contaminação atmosférica resultante causaram o que é chamado de "emergência planetária".
Houve um aumento da temperatura na superfície marinha, e os oceanos se tornaram mais ácidos, o que causou a extinção de muitas espécies.
O estudo é importante porque documenta a reação do planeta à liberação de grandes quantidades de gases poluentes na atmosfera.
Outro fato de destaque é que a pesquisa correlaciona, definitivamente, um importante acontecimento vulcânico com um período de aquecimento global, segundo os cientistas.
Considera-se que os gases que causam o efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), atualmente produzidos pela atividade industrial, entre outras, são os componentes principais da poluição e do aquecimento global que o planeta está vivendo.
"Sem dúvida, as erupções e o aquecimento global estão vinculados, e o fenômeno constitui uma analogia para o que ocorre hoje", explicou à agência Efe Robert Duncan, um dos autores do estudo.
O que são Gases de Efeito Estufa?
Como o Aquecimento Global pode afetar sua vida?
Muitos têm alertado a respeito do alto custo do aquecimento global para a humanidade. Os jornais e os noticiários de TV estão cheios de previsões tenebrosas sobre o colapso da economia mundial: milhões morrerão ou serão desalojados em virtude de secas, fomes e inundações, enquanto Londres, Nova York e Tóquio, juntamente com outras cidades litorâneas, afundarão nos mares cujo nível subirá. Um relatório também predisse que todos os frutos do mar estarão extintos em cinqüenta anos.A respeito desse panorama há diversas possibilidades. As principais são:
1. O aquecimento global é real e causado pela atividade humana (queima de combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás, queima das florestas tropicais, etc.). Por isso, os governos devem tomar medidas urgentes para salvar o mundo da catástrofe.
2. O aquecimento global é real mas não se tem certeza sobre as causas. Pode tratar-se de atividade solar e parte de um ciclo de aquecimento e esfriamento das temperaturas na Terra. Nesse caso, não há nada que os governos possam fazer a respeito.
3. O aquecimento global é um engano usado por aqueles que querem implantar um governo mundial. Eles estão tentando amedrontar as pessoas para que se submetam aos seus planos.
É Possivel reverter esse efeito ?
"É mais tarde do que imaginamos. Não podemos mais reverter o aquecimento global. Precisamos agora é pensar na nossa adaptação". A afirmação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre. Segundo ele, no atual estágio o máximo que a humanidade pode fazer é evitar que o cenário piore. "Não dá para modificar nada no curto prazo. Por outro lado, para tentar parar o processo de aquecimento global a longo prazo, os homens precisam diminuir de 60 a 70% as emissões de gases estufa. Isso significa uma mudança completa no modo de vida dos seres humanos", explica.
Para se ter uma idéia, as atuais ações adotadas pelo poder público, empresas e cidadãos como crédito de carbono, substituição de matrizes energéticas ou combate às queimadas diminuem em 10% as emissões. "As ações estão no sentido correto, mas não são suficientes. Elas são boas para os negócios, pois mantém a economia aquecida, na maneira que funciona hoje, e parecem ecologicamente corretas. Mas não adianta fazer só isso", diz.
Nesse cenário, Nobre diz que acadêmicos, políticos e empresários já devem começar a pensar em maneiras de adaptação. "As saúvas paulistanas já estão se adaptando. Pesquisas já demonstraram que elas suportam temperaturas cada vez mais altas. Precisamos encontrar as nossas saídas", explica.
Mesmo se todos focarem os esforços em descobertas de recursos adaptativos, a tarefa não será simples. "A capacidade adaptativa humana é pequena e as mudanças climáticas vão aumentar ainda mais a desigualdade", diz. Segundo o pesquisador, a diminuição da emissão de gases não pode ser uniformemente dividida. "Como reduzir o impacto gerado por uma pessoa que ganha três salários mínimos?", questiona, afirmando que países como os Estados Unidos e outras potências industriais devem ser os responsáveis por reduzir a emissão de gases.
Diante de tamanho problema, o diretor da Iniciativa de Mudanças Climáticas da Fundação Clinton (EUA), Ira Magaziner, avalia que as ações de combate ao aquecimento global devem focar as cidades. "As áreas urbanas usam 75% da energia do mundo e grande parte desse consumo é desperdiçado. Prédios antigos poderiam reduzir em 30% o consumo se fizessem adaptações no sistema de energia e de água", explica.
Segundo Magaziner, não são apenas as residências e empresas que gastam energia de maneira desnecessária. "Os faróis de transito, por exemplo, gastam mais da metade da energia consumida produzindo calor, ao invés de luz", lembra.
"O Protocolo de Kyoto não deu certo. Precisamos encontrar novos caminhos. Reduzir drasticamente a emissão de gases nos próximos 10 anos. Se não fizermos isso, teremos de resolver outro grande problema: o da migração", conclui, explicando que um número muito grande de pessoas terá de se aglomerar em poucas regiões do globo para fugir dos problemas climáticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário